RP e a Comunicação Corporativa

Comunicação Corporativa: Brasil

Guilherme Gondim Prado¹

A comunicação contemporânea está adquirindo cada vez mais um caráter estratégico dentro das empresas de grande e médio porte. É um processo natural e produtivo que valoriza o trabalho do Relações Públicas dentro da organização.
Iniciada no governo de Getúlio Vargas, a função de relações públicas no Brasil se profissionalizou-se em torno de uma temática governamental, dando ênfase nas práticas públicas e valorizando o presidente enquanto governante. Foi uma sacada de mestre, fazendo com que seu eleitorado fosse expandido e sua aceitação perante o público nacional solidificasse.
A comunicação organizacional no Brasil aconteceu em decorrência do processo de desenvolvimento econômico, social e político. Foi uma evolução quase que integrada das relações públicas e do jornalismo empresarial. Essa fusão das atividades foi o que chamamos de comunicação corporativa - que planeja, estuda e identifica públicos internos e externos da organização, elaborando planos a fim de conquistar seu objetivo final, através de metas.
Com as mudanças ocorridas a partir do fim da Guerra Fria, em 89, e da nova geopolítica fomentada, sobretudo em decorrência do fenômeno da globalização e da revolução tecnológica da informação e comunicação, as organizações tiveram de enfrentar um novo cenário mundial, dominado pela competitividade mercadológica.
Portanto, o processo de comunicação organizacional acontece com estratégias de comunicação interna entre empresa e seus funcionários, fazendo com que estes compreendam melhor sobre o ambiente em que trabalham e conheçam a filosofia da entidade, tornando-os assim, parceiros.
Uma técnica muito utilizada é a da busca de satisfação do público interno, com bonificações e prêmios. Usando um exemplo da GM do Brasil: em 2005, alguns funcionários foram sorteados para que participassem do lançamento da nova Montana em um hotel de luxo, com shows e apresentações. Os funcionários tiveram a chance também de fazer um test-drive no veículo antes mesmo dele ser lançado no mercado. Além de poder usar algo que eles mesmos fizeram, garantiam a satisfação do dever cumprido, motivando ainda mais os trabalhadores.
Outra estratégia é a de patrocínios e incentivos, muito utilizada pela Vale do Rio Doce. Além de uma enorme comunicação interna e externa sobre como a VRD ajuda e participa da economia nacional, também mostra sua preocupação com o bem-estar da população, promovendo incentivos culturais, visitas à empresa, patrocínios e o principal, uma transparência total e completa sobre suas atividades.

A profissão de RP é muito ampla e positiva dentro do mercado, fazendo com que a economia gire e que todos saiam ganhando. Empresa, funcionários e população, basta acontecer uma estratégia inteligente por parte do comunicador chave da organização.




Agradecimento: Margarida Kunsch

¹ Estudante de Relações Públicas pela Universidade Federal de Goiás, mentor do blog e escritor desde os 14 anos de idade. Obras publicadas via web.


---------------

Bibliografia

LABORATÓRIO INTEGRADO DE MARKETING E CULTURA. Políticas de Comunicação Corporativa. São Paulo, Editora-Laboratório do Curso de Editoração/ECA-USP, 2005.