quinta-feira, junho 10


(Post tirado do blog da Luciana Lima - DraLudes)


Tá, nem preciso dizer que a técnica do "escrever antes de almoçar" não deu certo!
Continuo sem escrever periodicamente.
Acho que está no meu gene, sei lá! (sempre culpa da genética... somente outro modo de culpar nossos pais!)
Mas nada... o que tá faltando mesmo e o que vim falar aqui hoje é sobre estímulo.
Não pude evitar de passar a aula hoje, de quarta - Teorias e Métodos de Pesquisa -, pensando mais uma vez sobre isso. O que passa na cabeça de um professor quando menos de um terço dos alunos da sala comparece em suas aulas? Será que a causa disso é realmente cem por cento descompromisso dos alunos?
Sim, eles têm sua parcela de responsabilidade, claro, e é a obrigação mínima de cada um assistir às aulas dos professores. Mas, e quando isso, na cabeça do aluno, passa a se tornar um "tempo perdido", um verdadeiro sacrifício estar presente apenas para não bombar por faltas?
A razão pode ser uma analogia bem simples:
Desde quando você era pequeno, criança, que quando sua mãe, sua tia ou seus amigos te infantilizavam, te julgavam com uma idade mental que você já superara, você se irritava, sim! Nós nos irritamos quando as pessoas subestimam as nossas capacidades, quando o nosso pai por exemplo não acreditava que erámos capazes de andar sem rodinhas na bicicleta!
Agora, muito pior que tudo isso, é quando subestimam a nossa capacidade intelectual!
Ninguém humanamente suporta que subestimem a sua capacidade de pensar. Ninguém consegue evoluir quando é tratado como um incapaz, quando aparentemente é forçado a acreditar que realmente não consegue. Ou quando é tratado assim faz tanto tempo que simplesmente esquece do que pode fazer, esquece de como é se superar, por falta de prática.
Assim como músculos devem ser exercitados e trabalhados para a forma ideal, as habilidades também, pois se perdem por falta de uso.
Não falo quem sabe somente desta aula específica, mas sim do meu curso como um todo. Concordo que 70% de um curso superior quem faz é o aluno, mas infelizmente os estudantes com o nosso método brasileiro de ensino não são preparados para serem tão "soltos" como somos em nosso curso, deixando vago a maior parte do tempo o aprendizado. Chega um momento que todos se perdem, e por falta de "exigências", acabam se acostumando ao ritmo "maré-mansa" do curso. E essa é a droga toda da parada. Quando você se acostuma com algo, é muito difícil você voltar a como era antes, a não ser que tenha um pequeno incentivo, estímulo ou motivação ao seu lado. Que é justamente o que falta para todos, ou quase todos, os alunos de Relações Públicas 2009/2012.
Quem diria que um dia você veria alguém falar: "ai, que saudade de estudar!.." ou "que vontade que meu curso fosse um pouco mais apertado..."
Pelo menos é o que pensam todas as pessoas acostumadas a terem seu cérebro em constante desenvolvimento vê-lo de repente parar.

Preciso voltar a estudar literatura.


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